sábado, 14 de abril de 2018

Turismo sexual

É assim que designa quando uma pessoa já anda de comboio para foder. Assim cru, eu sei. Isto não é para mim, tenho dito. Uma pessoa gasta uma pipa de massa e apercebe-se que ainda tem muita gente interessante que ainda não fodeu num raio de 10km, mas há sempre um chico esperto no Tinder que apesar de viver a quase uma hora de mim ainda aparece nas minhas escolhas e uma pessoa cai na tentação.

Vamos lá Topanga, tens que poupar e foder mais perto, deixa-te de merdas.

quarta-feira, 9 de março de 2016

divagações tristes de madrugadas tristes

Estás a negar-me as minhas melhores memórias. De lençóis e corpos quentes, entre beijos de pessoas que fingem que não se vão apaixonar. Entre acordares ao lado um do outro e adesivos estranhos colados no nariz, aqueles que nós diziamos ser sexy, e histórias loucas de filhas que nascem de maneiras improváveis. Estás-me a roubar a minha história mais bonita, e não sei se te consigo perdoar. Está-me a doer. Só agora é que me está a magoar, um magoar triste. Antes a dor era uma dor bonita, alegre, de saudade e nostalgia.
Até o vídeo da música do youtube, com a nossa versão preferida da música que chegámos a gravar juntos, foi tirado. Desapareceu, não existe. Como um presságio. Como uma tentativa de matar as minhas memórias. E tu, a fazer o mesmo e a deixar-me triste.
Acabei de partilhar outra versão da tal música com outra pessoa, numa tentativa frustrada de te magoar sem saberes, de matar esta ligação sagrada que tinha contigo.

Estou magoada. Ferida. Porquê que tinha que ser assim?
Estás a matar a minha melhor história, as minhas melhores memórias. E não sei se te perdoo.

(Eu sei, tanta história mais alegre e idiota para escrever aqui, e foi esta que precisei de tirar do peito.. Vá-se lá perceber)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

À minha Topanga!

É uma pena estar uma das visitas do CouchSurfing a dormir no teu sofá do quarto, porque se não neste momento estavas a levar com o meu peso-não-tão-pluma em cima!
PARABÉNS!
Eu sei que não ficas particularmente alegre com a chegada do teu aniversário, mas acho que tenho mesmo de deixar aqui no nosso cantinho alguns motivos pelos quais o devias celebrar com um dos teus sorrisos super lindos no rosto!
Sejamos honestas! Estes 26 aninhos estão muito longe de serem os suficientes para tu poderes já exclamar, com voz grossa à homem com a bolsa testicular bem arrebitada: caraças, isto é que foi uma vida!
Vais ter de chegar, pelo menos, aos 86! Isto porque muito provavelmente tens o gene de novelty seeking (aprende-se coisas novas hoje, há que debitá-las a todo o mundo para podermos ser admiradas pela nossa vasta sabedoria!) que, digamos assim de passagem, deve ser um dos melhores membros que podemos ter no nosso genoma! Tens a obrigação, como portadora sortuda deste conjunto aleatório de bases azotadas, de querer sentir, ouvir, cheirar, provar e observar tudo o que de bom este mundo tem para te oferecer! E isto inclui "massagens manhosas"!
Portanto, mesmo quando chegares aos 86 vais ter de andar por esse mundo fora com o teu grupo de amigas do bingo, a admirar tanto as belezas naturais como as feitas pelo Homem, e a deitar o olhinho, claro está, aos machos latinos que ainda dispensam a fralda para adultos!
E com sorte e vontade espero partilhar muitas dessas histórias de contar aos netos (ou nem por isso!) contigo, minha Topanga lindona sem noção!
(sim, vem aí a parte lamechas!)

Eu tenho hoje o orgulho de afirmar, sem a mínima dúvida, que fazes parte da minha segunda família! Porque apesar de não nos termos conhecido desde crianças, sinto que somos um pouco como aquela paneleirada das soul mates, sabes? Quando penso na minha família adoptiva, as amizades que ficam para sempre e que conto pelos dedos da mão, tu és o meu mindinho!
E agora esquece, porque vais aturar-me para o resto da tua longa vida!
Adoro-te!

p.s.: se ouvir mais logo queixumes pelos cabelos brancos ainda por nascer, obrigo-te a comer dois croissants de chocolate da Bolero! (eu agora ameaço as minhas pessoas fofas com doenças metabólicas!)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

VHS

Sabes que tens de repensar o que andas a afirmar a plenos pulmões às tuas amigas quando às 3h da manhã estás, outra vez, a foder um gajo que dizes desprezar.
Estás a ver o género de gajo que usa camisa ralph lauren e calças de ganga claras, que faz parte da elite social, com personalidade narcisista e um complexo de superioridade? Pois... São esses os que eu digo que não gosto!! Mas depois ou o cheiro dele faz crescer água na boca, ou há um trejeito qualquer quando ele fala que achas piada, ou então apercebes-te que toda a atitude é tanga, e que no fundo é um rapaz engraçado e com inseguranças como todas as pessoas (esta última parte repito a mim mesma para dormir melhor, não vá o idiota ser só mesmo arrogante!).

E não fosse este blog sobre as contradições da vida, a minha recente experiência com um rapaz pertencente a essa espécie fez mudar a minha perspectiva sobre o sexo casual.


Sabes quando te contam uma história tão boa, mas tão boa, que achas impossível que a vivas também? Quando estava deitada no meu colchão, nua, suada, cheia de espasmos e tremores da cabeça aos pés, a gemer e a gritar sem noção, sem sequer pensar se alguém poderia estar a ouvir, até chegar o momento em que não podia mais e só conseguia pedir "por favor, por favor pára!"... Apercebi-me que não há limites! Quão perfeito o sexo pode ser!! E a melhor parte: podes viver a perfeição de inúmeras maneiras, partilhá-la com pessoas diferentes!

Um rapaz que tinha pouco a ver comigo, era só pura química e biologia... Pensava que ia ser só mais uma fôda (haha!), sem nada a relembrar... Foi o melhor sexo da minha vida!! E tenciono que venha mais!

Nestes últimos dias sinto que ando a reviver a minha infância!

Quando eras miúda(o), mal o estalido do leitor de VHS ecoava pela sala, ias a correr para o pé da televisão, e com o teu dedo pequenino empurravas a cassete para ver o leitor a engoli-la mais uma vez, e durante mais uma boa hora vias a Pocahontas a descer o rio, ou vias o Simba cantar com o Timon e com o Pumba..?

Era um vício! E acabei de descobrir que tenho um novo!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Há que pensar no alzheimer!

Oh Topanga Maria, deixaste a fasquia alta! É que isto de ter um blog pela primeira vez cria uma certa expectativa pelo meu bom português! Enfim... É agora que fico a saber se tenho dom para a escrita!
Ando a reflectir sobre a idade ideal para iniciar a redacção de uma biografia. Acho que os 55 anos são a melhor opção. Dá uns 15 anos antes da idade favorita para a degeneração cerebral. Mas no azar de doença precoce está tudo fodido. Entre a baba e o olhar distante, duvido que saia algo proveitoso para o meu gato escrever.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Habemus minete!

Lido por aí, subscrevo todas as palavras: http://capazes.pt/cronicas/a-sacrossanta-doutrina-do-minete/. Fica aqui para a posteridade. Lido num dia que só me apetecia uma boa fôda (como alguém que conheço diria).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Finais felizes

E não, não vou falar de massagens duvidosas.

Acho que a única vez em que o fim de um affair, um "aqueço de cama" (inventadinha agora) pode ser bem levado por ambas as partes é o exemplo do que tive esta primavera passada com o alemão.

Conhecemo-nos no tinder, fomos sair juntos, dormi na casa dele nessa noite, optimas conversas ao som de muito boa música, muito bom sexo à mistura com um copo de vinho e um cigarro ocasional. A utopia dos encontros do tinder. A partir dessa noite foram quase todas as seguintes até ao fim das férias, duas semanas muito muito boas. Podia ter-me apaixonado gravemente, mas sabíamos que nunca resultaria, não valia a pena sofrer por uma batalha que parecia à partida uma derrota, e desde o início isto ficou esclarecido, o que ajudou bastante a aproveitarmos o que tínhamos enquanto o tínhamos. Passeios com o cão dele na floresta negra, fazer jantares às tantas da madrugada, sexo pela manhã, serenatas de piano pela noite fora. Tudo isto em muito bom, como nunca tinha tido. Fez-me bem, fez-lhe bem. A felicidade sabe bem mesmo quando tem um prazo de validade, quando tem um fim anunciado. Fui mesmo muito feliz naquelas duas semanas. Claro que sonhei "e se não ficasse por aqui?", não sou perfeita, pensei nisso, mas cheguei sempre à conclusão adequada, sofrer não deveria fazer parte do menu. A despedida não foi fácil mesmo assim, houveram lágrimas, palavras trocadas com muito carinho e a promessa de recordar aquelas semanas sempre com um sorriso, como das mais bonitas de sempre. Uma lamechice pegada, eu sei. Mas foi mesmo assim, puro.
Ainda falámos algumas vezes no skype depois, algumas mensagens trocadas de quando a quando no whatsapp. Mas sempre com o cuidado de dizermos que queríamos que o outro fosse feliz, com quem encontrasse pelo caminho. E assim aconteceu.

Hoje, seis meses depois, de volta ao país onde nos conhecemos, sei que ele está feliz com outro alguém. Que a ama, que está bem. E juro que fico genuinamente feliz por ele. Vai para sempre pertencer às minhas melhores memórias, mas sem resquício de qualquer sofrimento, só saudade de me sentir feliz.

Um final feliz diferente não deixa de ser um final feliz. Acredito neste tipo de finais felizes.